Abertura de Empresa para Fisioterapeutas: Guia Completo

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A decisão de abrir uma empresa como fisioterapeuta pode ser transformadora. Além de proporcionar uma maior autonomia profissional, o registro formal de suas atividades permite acesso a oportunidades de mercado ampliadas, reconhecimento profissional e otimização tributária. Este artigo irá guiar você pelos principais passos e considerações ao iniciar seu negócio de fisioterapia, enfatizando a importância de cada etapa para garantir sucesso e conformidade.

Por que Abrir uma Empresa para Fisioterapeuta?

A abertura de uma empresa na área de fisioterapia não apenas formaliza a profissão perante o mercado e clientes, mas também oferece vantagens significativas. A principal é a possibilidade de ampliar sua atuação profissional, aceitando encaminhamentos de planos de saúde e participando de licitações públicas. Além disso, a empresa formalizada proporciona uma imagem de credibilidade e seriedade, essencial para conquistar e fidelizar pacientes. Também permite a implementação de uma gestão fiscal mais eficiente, reduzindo cargas tributárias através de planejamento adequado e uso de benefícios fiscais disponíveis para empresas.

O que é CNAE e qual o melhor para Fisioterapeuta

O CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) é fundamental para definir as atividades que uma empresa pode exercer dentro do território brasileiro. Para fisioterapeutas, o CNAE indicado é o 8650-0/04, que corresponde especificamente às atividades de fisioterapia. Este código não só define a natureza do trabalho que será realizado, mas também é crucial para o enquadramento tributário da empresa, impactando diretamente nos impostos a serem pagos e nos benefícios fiscais que podem ser obtidos. Escolher o CNAE correto é essencial para evitar problemas legais e maximizar as oportunidades de negócios dentro das normas vigentes.

Qual passo a passo para abrir sua empresa

Abrir uma empresa de fisioterapia requer uma série de passos cuidadosos para garantir que tudo esteja de acordo com a legislação e que a empresa possa operar sem problemas. Aqui está um guia simplificado do processo:

  • Validação da Formação: Certifique-se de que possui toda a documentação que comprova sua formação e especializações na área de fisioterapia.
  • Escolha do Modelo Jurídico: Decida entre as formas jurídicas disponíveis como Sociedade Limitada (LTDA) ou Empresa Individual (EI). Cada modelo tem suas particularidades em termos de responsabilidades e tributações.
  • Definição do CNAE: Como mencionado, o CNAE para fisioterapia é o 8650-0/04, que deve ser especificado claramente no momento da formalização da empresa.
  • Inscrição Municipal e/ou Estadual: Dependendo da localização e tipo de serviço oferecido, pode ser necessário registrar a empresa na prefeitura ou no estado.
  • Alvará de Funcionamento: Este documento é essencial para que o estabelecimento possa operar legalmente e deve ser obtido na prefeitura local.
  • Registro no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO): É obrigatório estar registrado no conselho de classe da sua região para poder atuar legalmente.
  • Implementação de Gestão: Com a empresa formalmente aberta, é crucial implementar sistemas de gestão administrativa, financeira e tributária eficientes.

Cada um desses passos exige atenção aos detalhes e, muitas vezes, a orientação de um contador especializado pode ser decisiva para evitar erros e otimizar o processo.

Qual Documentação Necessária

Para abrir uma empresa de fisioterapia, é essencial compilar uma série de documentos que serão requeridos em diferentes etapas do processo de registro e licenciamento. Aqui estão os documentos mais comuns que você precisará:

  • Documentos Pessoais: CPF, RG, comprovante de residência e título de eleitor.
  • Diploma de Fisioterapia: Cópia autenticada do diploma registrado no MEC, essencial para comprovar sua qualificação profissional.
  • Registro no CREFITO: Documento que comprova o registro no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, necessário para a atuação legal na área.

A obtenção desses documentos pode variar em detalhes conforme o município e o estado, por isso é recomendado consultar um contador especializado para orientação específica ao seu caso.

Fisioterapeuta Pode ser MEI?

De maneira direta, a resposta é não. Fisioterapeutas não podem se registrar como Microempreendedor Individual (MEI). Essa restrição decorre do fato de que a categoria de fisioterapia não está incluída nas atividades permitidas pelo regime MEI, que é mais voltado para pequenos comércios, serviços simples e algumas atividades de produção artesanal. Para fisioterapeutas que desejam formalizar suas atividades profissionais, outras categorias jurídicas como Sociedade Limitada (LTDA), Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (LTDA Unipessoal) ou Empresa Individual (EI) são mais adequadas e proporcionam uma estrutura mais alinhada às necessidades e à complexidade dos serviços de fisioterapia.

Quanto paga de imposto no Simples Nacional o Fisioterapeuta?

Fisioterapeutas enquadrados no Simples Nacional estão sujeitos às alíquotas do Anexo V, o que implica uma tributação diferenciada, focada em serviços que geram maior valor agregado. Para fisioterapeutas, as alíquotas começam em 15,5% para receitas de até R$180.000,00 por ano. Essa porcentagem inclui tanto os impostos federais quanto contribuições como CPP (Contribuição Previdenciária Patronal).

À medida que a receita bruta anual aumenta, as alíquotas também crescem progressivamente, podendo alcançar até 30,5% para receitas superiores a R$4.800.000,00 ao ano. Esses percentuais refletem a complexidade e a responsabilidade associadas aos serviços prestados por fisioterapeutas.

Além disso, é importante ressaltar que o Anexo V do Simples Nacional utiliza o fator “r”, que é a relação entre a folha de pagamento e a receita bruta nos últimos 12 meses. Se o fator “r” for igual ou superior a 28%, a empresa pode ser tributada pelo Anexo III, que tem alíquotas mais baixas, começando em 6%. Portanto, a gestão adequada da folha de pagamento pode resultar em uma carga tributária significativamente menor.

Dada a complexidade do sistema tributário e as nuances do Simples Nacional, a consultoria de um contador especializado é essencial para garantir que a tributação seja otimizada e que todas as obrigações legais sejam atendidas.

Conclusão:

A abertura de uma empresa de fisioterapia, embora requeira um planejamento cuidadoso e uma série de etapas burocráticas, oferece inúmeras vantagens para o profissional dessa área. Formalizar sua prática não só aumenta a credibilidade e a base de clientes potenciais mas também abre portas para a participação em planos de saúde e oportunidades de licitações públicas.

É importante lembrar que a escolha do regime tributário adequado, como o Simples Nacional, pode significativamente reduzir a carga tributária e facilitar a gestão financeira do negócio. No entanto, dado que fisioterapeutas não podem optar pelo MEI e as complexidades envolvidas no enquadramento e tributação de atividades no Simples Nacional, a orientação de um contador especializado torna-se indispensável. Este profissional não apenas ajudará a navegar pelos processos de registro e licenciamento mas também maximizará sua economia fiscal e assegurará a conformidade com todas as normas aplicáveis.

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